domingo, 4 de abril de 2010

Ora, por favor

Nunca mais eu vi uma estrela cadente.
Essas que estão lá
- e que são tantas e que são tão firmes-
seriam apenas cabeças de alfinetes
espetados num veludo escuro?
Se não podem atender
a um pedido mínimo,
um pedido humílimo
Para que brilhar,
para que encher o céu de promessas?
Caia pelo menos
a de menor lume,
a ômega de ômega,
pois não quero pedir mais
do que esperança.


Carlos Nóbrega

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